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Seleção da artéria radial para utilização como enxerto aortocoronário

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Objetivo: Com o crescente uso da artéria radial como enxerto aortocoronário, torna-se necessário reavaliar os critérios utilizados para a seleção desse vaso no pré-operatório da cirurgia de revascularização miocárdica.

O objetivo deste estudo foi utilizar a avaliação do vaso pelo cirurgião cardíaco no perioperatório para confirmação da viabilidade da artéria radial selecionada, por meio de dois métodos não-invasivos (eco-color-Doppler e fotopletismografia digital) no pré-operatório.

Métodos

Entre julho de 1998 e maio de 2000, foram estudadas 78 artérias radiais e 78 artérias ulnares de 39 pacientes, candidatos à cirurgia de revascularização do miocárdio. O estudo foi realizado bilateralmente através do aparelho de ultra-sonografia ATL HDI 5000 e o aparelho de
fotopletismografia Parks Vascular Mini-Lab Model 1052-C. A artéria radial foi considerada passível de ser utilizada como enxerto aortocoronário quando preenchia os seguintes critérios: ausência de ateromatose ou oclusão da artéria radial e ulnar ipsilateral; diâmetro interno da artéria radial = 2,5 mm, avaliados pelo eco-color-Doppler; e presença de onda de pulso
em dois ou mais dígitos durante a compressão radial, avaliada pela fotopletismografia. Os resultados dos exames foram confirmados com a avaliação perioperatória das artérias radiais pelo cirurgião cardíaco.

Resultados

Dentre as 78 artérias radiais estudadas, 66 (84,6%) foram consideradas apropriadas para utilização como enxerto, e 12 (15,4%) foram consideradas não apropriadas. Dos 39 pacientes selecionados, 24 (61,5%) foram submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica com
utilização da artéria radial. Em todos os casos, a viabilidade da artéria radial avaliada pelo cirurgião durante a cirurgia confirmou os achados pré-operatórios encontrados pelo eco-color-Doppler e pela fotopletismografia para a seleção da artéria.

Conclusão

Os autores concluem que a seleção da artéria radial para utilização como enxerto aortocoronário efetuada através de testes nãoinvasivos (eco-color-Doppler e fotopletismografia) é eficaz, pois a associação desses métodos foi confirmada pelos achados perioperatórios, permitindo aos cirurgiões cardiovasculares, além da segurança, um melhor planejamento cirúrgico para cada paciente.

 

Leia aqui o Artigo Completo

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