RESUMO
Introdução
O advento do ecocolor Doppler vascular tornou possível informar o estado anatômico e funcional da safena interna ao cirurgião cardiovascular, no pré-operatório da cirurgia de revascularização miocárdica, sem riscos para o paciente ou para o conduto venoso. O objetivo do estudo foi, juntamente com o cirurgião, avaliar a utilidade do mapeamento da safena interna no pré-operatório.
Casuística e Métodos
Foram estudados, entre março de 1995 e maio de 1998, 208 extremidades inferiores de 104 pacientes selecionados para cirurgia de revascularização miocárdica. O critério utilizado para a seleção da safena foi a safena patente e o diâmetro maior ou igual a 3,0 mm, utilizando os aparelhos de ultra-sonografia ATL – HDI 3000 e Acuson-Sequóia 512. Resultados: Dentre as 208 extremidades estudadas, 186 (89,4%) das safenas preenchiam os critérios e a análise do cirurgião estava de acordo com a descrição do ecocolor Doppler. Dezessete (8,2%) não preenchiam os critérios e, em 5 (2,4%) ,o exame foi compatível com safenectomia radical. Das 17 safenas consideradas não apropriadas, 2 foram exploradas cirurgicamente, sendo a análise do cirurgião concordante com o ultra-som.
Conclusão
Os autores concluem que o ecocolor Doppler, sendo um método diagnóstico não invasivo, pode ser útil no mapeamento da safena interna no pré-operatório de revascularização miocárdica devido à sua capacidade de identificar e selecionar com segurança o vaso a ser utilizado como conduto vascular, o que permite ao cirurgião cardíaco o planejamento cirúrgico.